O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma ferramenta de segurança para muitas pessoas que investem em alguns tipos de aplicações existentes no Brasil.
Ele foi criado com o intuito de proteger e dar certo grau de estabilidade ao Sistema Financeiro Nacional, garantindo a segurança e liquidez aos valores depositados ou investidos e evitando crises em instituições bancárias.
Apesar de existir bastante informação sobre o FGC, muitas dúvidas pairam na mente dos investidores, espalhados por todo o país.
Foi pensando nisso que resolvemos escrever este artigo! Nele, você encontrará 11 questionamentos que a maioria das pessoas têm sobre o Fundo Garantidor de Crédito. Confira!
1. O que é FGC: Fundo Garantidor de Crédito?
O Fundo Garantidor de Crédito é uma associação sem fins lucrativos, mantida por instituições financeiras e bancárias existentes no Brasil. Criado em 1995 com o objetivo principal de oferecer certo nível de segurança para o mercado financeiro, ele assegura as aplicações realizadas por investidores, até o limite de R$ 250.000,00.
Por se tratar de uma instituição desvinculada do Governo, ela tem mais agilidade para atuar no pagamento da cobertura desses investimentos, quando necessário, bem como realizar algumas operações para dar suporte de liquidez com objetivo de gerar uma maior distribuição de crédito no país.
Assim, a principal missão do FGC é transmitir segurança e tranquilidade às pessoas que utilizam algum produto ou serviço e demais usuários do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
2. Quais investimentos são cobertos pelo FGC?
O Fundo Garantidor de Crédito assegura o investimento — no limite de até R$ 250.000,00 — de diversos produtos de renda fixa, entre os quais podemos destacar:
· Certificado de Depósito Bancário (CDB);
· Letras de Câmbio;
· Letra de Crédito Imobiliário (LCI);
· Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).
O FGC garante e assegura o valor investido em diversos produtos financeiros, no entanto é importante que o investidor saiba que nem todas as modalidades de aplicações são cobertas pelo fundo — vamos explicar melhor esse ponto no próximo tópico.
3. Quais investimentos não garantidos pelo FGC?
Existem alguns tipos de investimentos que não são amparados pelo Fundo Garantidor de Crédito. Alguns por já possuírem uma garantia dada pelo próprio tipo de aplicação, como é o caso dos Títulos do Tesouro, garantidos pelo próprio Tesouro Nacional ou Debêntures, por não serem emitidas por instituições bancárias.
Além desses dois, o FGC não garante:
· Ações;
· Fundos Imobiliários;
· Opções e Derivativos;
· Depósitos e empréstimos no exterior;
· Depósitos Judiciais.
4. Como o limite de R$ 250 mil foi estabelecido?
O limite de R$ 250.000,00 foi estabelecido pela própria administração do fundo. Quando ele foi criado, o máximo que era pago a uma pessoa, quando ocorria a falência de um banco ou instituição financeira, era o valor de R$ 20.000,00.
Desde então, o FGC passou por apenas 3 atualizações monetárias, até chegar ao valor de R$ 250 mil por CPF, conforme mencionamos neste artigo.
5. Qual é a fonte de recursos do FGC?
Como mencionamos, o FGC é um fundo administrado pelas instituições financeiras e bancárias existentes no Brasil. Todos os bancos do Sistema Financeiro Brasileiro contribuem com uma pequena parcela todos os meses criando um grande fundo de recursos financeiros com objetivo de solver o sistema em casos de quebra de bancos , sejam grandes ou pequenos .
6. São R$ 250 mil no total ou a cada instituição financeira?
A garantia de R$ 250.000,00 do FGC é destinada a uma única Pessoa Física ou Jurídica e valerá para cada instituição ou conglomerado financeiro que possui aplicações.
Isso implica dizer que, se você possui algumas das aplicações em dois bancos diferentes e ambos venham a entrar em falência, o FGC garantirá seu investimento, no limite de R$ 250.000,00, em cada uma das instituições financeiras.
No entanto, você deve ter cuidado com um detalhe pontual que faz toda a diferença na garantia do fundo: os conglomerados financeiros. Trata-se de um conjunto de instituições financeiras administradas por um grupo econômico. Nesse caso, o FGC garante os investimentos efetuados no conglomerado e não em cada instituição.
7. O limite inclui juros da aplicação?
A garantia do FGC é destinada à cobertura do montante aplicado, ou seja, valor principal acrescido dos juros obtidos durante o período de investimento, desde que a soma dessa quantia esteja dentro do limite estabelecido pelo Fundo Garantidor de Crédito.
8. O fundo realmente funciona? Pode cobrir todos os investidores?
O fundo funciona e já atendeu a centenas de investidores ao longo dos seus mais de 20 anos de existência. No entanto, existem algumas pessoas que duvidam da capacidade do FGC em cobrir todos os investidores no Brasil.
Segundo o relatório de 2016, os investimentos sujeitos à garantia do fundo totalizavam uma média de 1 trilhão de reais e a disponibilidade do FGC, no mesmo período, era de 57,9 bilhões — considerado todo o patrimônio do fundo.
Assim, teríamos uma garantia de até 5,79% do total que deve ser segurado. Isso pode ser um problema caso aconteça uma crise sistêmica nas instituições financeiras, mas observando o histórico de coberturas realizadas pelo FGC, temos um atendimento de 100% em todas as vezes que ele foi requisitado.
9. Se algo der errado, qual o prazo de resgate?
Caso ocorra a falência de um banco, instituição financeira ou fundo coberto pelo FGC, o investidor não poderá receber o seu dinheiro imediatamente. Geralmente esse processo pode demorar de 2 a 3 meses para ser concluído.
10. Existem alternativas que oferecem garantias como o FGC?
Sim, além dos Títulos do Tesouro, garantidos pelo próprio Tesouro Nacional, temos outros investimentos que contam com outras formas de garantias, desvinculadas e diferentes do FGC, entre elas o mais conhecido é o Rating.
Ele é uma ferramenta utilizada pelo mercado financeiro para medir o risco que um investimento possui. Apesar de não oferecer garantias monetárias, com o rating é possível conhecer a probabilidade de um investimento realizado em uma instituição financeira ou banco vir a quebrar e dar prejuízos.
11. Vale a pena contar apenas com o FGC para investir?
Quando um investidor aplica seu dinheiro apenas em ativos financeiros garantidos pelo FGC ele restringe o poder de ganho que a rentabilidade de outras aplicações, não amparadas pelo fundo, possuem.
Além disso, caso ele possua apenas um investimento e necessite acionar o FGC para recuperar algum valor aplicado, será necessário aguardar de 2 a 3 meses para conseguir acessar o dinheiro do fundo.
As alternativas de garantia como o Rating e a do Tesouro Nacional são extremamente confiáveis, possibilitando ao investidor dividir as suas aplicações em ativos financeiros de vários tipos, sem se restringir àqueles garantidos pelo fundo.
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