Conhecer o rendimento de seus investimentos é uma necessidade básica. Afinal de contas, como você pode escolher a melhor opção para aplicar seu dinheiro sem saber quanto cada uma pode oferecer de rentabilidade?
Por isso, é preciso entender qual o índice da poupança e como calculá-lo.
Ela é o investimento mais básico e a porta de entrada de muita gente para o mercado financeiro, isso graças à facilidade de acesso que oferece, isenção de impostos e à alta liquidez. Por outro lado, não é um dos investimentos de melhor retorno, em comparação a outras opções de renda fixa.
Para entender como calcular o retorno da poupança e diferenciar suas opções, leia o artigo que preparamos que trata exatamente desse assunto. Confira!
Como funciona a aplicação em poupança?
A poupança tem suas características próprias. Como muita gente não dá atenção às datas de depósito, acaba perdendo rendimento por fazer saques antes da hora. Apesar da facilidade em movimentá-la, é preciso lembrar que ela não é uma conta corrente, mas existe para guardar dinheiro.
Para pessoas físicas e entidades sem fins lucrativos, a remuneração é calculada sobre o mês corrido, a contar da data de depósito, que é o chamado aniversário da poupança. As contas abertas entre 29 e 31 de cada mês têm como data de aniversário o primeiro dia do mês seguinte.
O cálculo do rendimento é feito sobre o menor saldo do período. Ou seja, se você deposita R$ 10 mil e, dias depois, saca R$ 9 mil, o rendimento só vai ser calculado sobre os R$ 1 mil que completaram o período.
Mesmo não havendo tributação do Imposto de Renda sobre a poupança, você deve informá-la no Imposto de Renda, já que a Receita Federal enxerga esse depósito como um bem. O saldo é declarado na aba “Bens e Direitos” e os juros, na ficha de “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”.
Ainda que você esteja na faixa de isenção do leão, precisa fazer sua declaração em dois casos:
- se possuir bens e direitos que, somados, ultrapassem R$ 300 mil (incluindo casa, carro, depósito de poupança etc.);
- caso tenha atingido o valor de R$ 40 mil em rendimentos isentos e não tributáveis no ano anterior.
Qual o índice de poupança para cálculo da rentabilidade?
O rendimento da poupança é composto por dois índices: a Taxa Referencial de Juros (TR) e a meta Selic definida pelo Conselho de Política Monetária (COPOM). O cálculo é feito de duas formas diferentes:
- TR do período + 70% da meta Selic mensalizada, quando ela for de até 8,5%;
- TR do período + 0,5% da meta Selic mensalizada, caso ela supere 8,5% ao ano.
Ou seja, se a TR for 0,05% para o período e a taxa Selic estiver em 7,0%, o cálculo será:
0,05% (TR) + *0,4083% (70% da Selic mensalizada)* = 0,4583%
Se você tem R$ 10 mil reais investidos, vai receber, relativo a esse mesmo período, R$ 45,83 de rendimentos.
Quais são as vantagens e desvantagens de aplicar em poupança?
O lado bom de aplicar na poupança é a facilidade de acesso a esse tipo de investimento. Grande parte dos bancos não exige valor mínimo para a abertura da conta. Além disso, você recebe um cartão de débito e pode sacar o dinheiro e os juros acumulados quando achar conveniente.
Agregue a isso o fato de que você pode contar com isenção do Imposto de Renda, alta liquidez e risco mínimo, já que esse é um investimento garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira.
Por outro lado, o retorno é muito pouco atrativo quando comparado a vários outros investimentos com o mesmo nível de segurança, como o CDB.
Veja que desde setembro/2017 a TR permanece zerada. Além disso, o COPOM vem fazendo cortes gradativos na meta Selic, com perspectiva de novas reduções. Tanto que, em 28/03/2018, a remuneração da poupança fechou em 0,3715%. Ou seja, com os mesmos R$ 10 mil que usamos como exemplo, você teria apenas R$ 37,15 de retorno no fechamento do mês.
Vale lembrar que a inflação do período foi de 0,64%, usando como base o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M). Isso significa que o dinheiro parado na poupança está perdendo valor, em vez de ganhar.
Além disso, se você quiser fazer reservas para o futuro, a alta liquidez pode ser um tiro no pé. Com a facilidade de lançar mão da poupança, fica fácil ceder à tentação do consumo impensado.
Há outras opções de renda fixa mais atrativas?
Dos investimentos de renda fixa, em geral, a poupança é o de menor retorno. A distância para os demais fica ainda maior conforme o tempo da aplicação aumenta.
Isso porque os investimentos de renda fixa obedecem a uma tabela regressiva de alíquotas no Imposto de Renda, que vai 22,5% para operações de até 180 dias até 15%, quando o prazo do investimento for superior a 720 dias.
Conheça a seguir outras opções de investimentos mais rentáveis.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
O Certificado de Depósito Bancário é uma modalidade de investimento que tem o mesmo nível de risco da poupança, já que também conta com a proteção do FGC. Ele pode ser:
- prefixado, quando a taxa de retorno é negociada no momento da aplicação e você sabe exatamente quanto vai ganhar;
- pós-fixado, quando seu retorno é atrelado ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI);
- misto, quando há uma parte do rendimento fixa e outra vinculada em uma taxa, como o IPCA.
O retorno do CDB é bem estável. Quando você atrela a um índice econômico, como o IPCA, faz com que seu investimento acompanhe as variações de preço ao consumidor e vença a desvalorização trazida pela inflação.
O que vai fazer a diferença aqui é negociar boas condições. Quanto maior o prazo de aplicação, melhor retorno você consegue. Também é fundamental comparar diferentes CDBs, de mais de um banco, pois o rendimento não é determinado por lei, como acontece com a poupança.
Se uma instituição oferece um CDB pós-fixado que remunere 97% do CDI, um outro que ofereça 101% é bem mais vantajoso. Só não se pode esquecer de ter critérios na hora da escolha. Procure bancos consolidados no mercado, que tenham experiência e possam oferecer toda a segurança que seu dinheiro precisa.
Alguns bancos dispõem de simuladores online para o CDB e outros investimentos, como a LCI e LCA. Sabendo calcular o índice da poupança, você pode fazer várias comparações e optar pelo que é mais vantajoso para você.
Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
As LCI e LCA são opções de aplicações de renda fixa criadas para incentivar e financiar dois setores da economia: o imobiliário e o do agronegócio, respectivamente.
Nessas opções, o investidor empresta recursos a uma instituição financeira pública ou privada que impulsiona os mercados em questão.
Em troca do capital, o investidor recebe uma remuneração, que pode ser em forma de juros prefixados, sobre uma taxa prefixada (baseada na inflação), ou ainda sobre um percentual do CDI — opção mais comum.
Diferentemente dos títulos públicos, a rentabilidade das LCIs e LCAs pode variar bastante. Por exemplo, é possível encontrar aplicações que pagam 80% do CDI, enquanto outras remuneram em torno de 100%.
Atualmente, tanto a LCI quanto a LCA são isentas de Imposto de Renda. Essa foi uma forma que o governo encontrou de incentivar a arrecadação de recursos para ambas as esferas.
Porém, é importante ressaltar que isso por si só não garante uma rentabilidade maior do que a de outros investimentos.
É verdade que a ausência de IR torna as letras de crédito mais atrativas mas, mesmo assim, é preciso analisar cada opção individualmente para se certificar de fazer bons negócios.
Com um cenário de recuperação da economia brasileira, é bastante provável que esses dois setores voltem a crescer. Consequentemente, precisarão de mais investimentos, o que significa que as instituições financeiras poderão oferecer boas rentabilidades aos investidores.
É possível investir em LCA e LCI por meio de instituições financeiras variadas, desde as grandes até as pequenas. Como mencionamos, essas opções costumam pagar um percentual sobre o CDI como remuneração. Esse valor varia de acordo com o prazo do investimento e a instituição financeira. Por isso, é necessário fazer comparações e avaliar os percentuais pagos por cada uma.
Um ponto positivo das letras de crédito é que elas também contam com proteção do FGC. No entanto, um ponto negativo está relacionado à possível volta do Imposto de Renda para essas aplicações.
Entretanto, uma medida foi votada em 2016 com o intuito de manter a isenção. Mesmo assim, vale ficar de olho nas mudanças políticas e econômicas para acompanhar essa resolução.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um título público emitido pelo governo e disponibilizado à compra pública. Isso quer dizer que, ao investir nele, a pessoa empresta dinheiro para que o Poder Público invista-o em áreas de desenvolvimento do país, como educação, saúde e segurança.
Como o próprio nome indica, esse título do Tesouro Nacional é atrelado à Selic, a taxa básica de juros da economia do Brasil (que, em 2018, circula em torno de 6,5% ao ano).
As aplicações do Tesouro Selic têm um funcionamento bastante parecido com as do CDB, também emitidos pelo governo. Ou seja, você empresta recursos para o órgão público e recebe juros por isso.
Como investidor, você já deve saber que, quanto mais arriscada for uma aplicação, maiores são suas possibilidades de retorno. Ao mesmo passo que, quanto mais conservadora, menor a rentabilidade.
No caso do Tesouro Selic, os riscos de perda são praticamente nulos, seja qual for a data de resgate ou tempo de aplicação do papel. Isso acontece porque a taxa Selic nada mais é do que preço do dinheiro no mercado, o valor mínimo de retorno.
Existem ainda outros fatores que podem contribuir para a baixa rentabilidade de um investimento, como a liquidez — que é a agilidade em que uma aplicação pode ser transformada em dinheiro no seu bolso. A tendência é que, quanto maior é a liquidez de um investimento, menor será a sua rentabilidade.
No entanto, esse é um fator excelente para quem quer ter a certeza de que seu dinheiro estará disponível rapidamente se necessário. O que torna essa a opção perfeita para montar uma reserva de emergência, por exemplo.
Nesse sentido, nenhum outro título vence o Tesouro Selic. É por isso também que ele é considerado uma das melhores alternativas para sair da poupança. Como mencionamos, a caderneta pode ter um rendimento muito baixo quando comparado a outras aplicações disponíveis.
Ainda no sentido de liquidez, enquanto outros investimentos exigem que você espere até a data de vencimento para obter uma boa rentabilidade, no Tesouro Selic você pode sacar assim que precisar, sem que haja perdas.
Quando você investe a longo prazo, milhares podem se transformar dezenas de milhares — graças às ações do tempo e dos juros compostos. Assim, ter paciência é uma característica importantíssima para que o seu patrimônio cresça.
Mas antes de aplicar em investimentos mais arriscados a longo prazo, todo investidor precisa começar com o básico. Por isso, é recomendado que o primeiro passo no mundo dos investimentos seja o de construir uma boa reserva de emergência, a fim de estar preparado para enfrentar imprevistos.
Dentro do que já vimos, o Tesouro Selic é um investimento seguro e rentável, que permite saques em pouco tempo sem perda de rentabilidade, perfeito para esse objetivo.
Qual é a rentabilidade dos outros investimentos de renda fixa em comparação com a poupança?
Confira abaixo uma tabela de comparação entre as opções de investimento.
InvestimentoRentabilidade bruta anual (em dezembro/2018)
Poupança4,45%
Tesouro Selic6,41%
CDB Flex Paraná Banco 105% do CDI6,72%
CDB Pós Fixado Paraná Banco 5 anos 113,5% do CDI7,26%
Como começar a investir nessas modalidades?
Para aplicar seu dinheiro nas modalidades mencionadas, o caminho mais indicado é buscar uma instituição financeira que tenha foco em investimentos e ofereça boas rentabilidades.
O Paraná Banco, por exemplo, utiliza sua experiência de 40 anos de atuação para levar ao mercado confiança e qualidade em produtos financeiros, sempre com as melhores condições de pagamento e vantagens exclusivas.
A instituição, que está entre os 5 maiores bancos voltados para investimento de pessoa física do país, permite que você saia da baixa rentabilidade da poupança e melhore a gestão do seu patrimônio.
Quer saber mais a respeito de um investimento que supera o índice de poupança em rentabilidade? Continue com a gente: compare o CDB e a poupança para saber qual o melhor investimento para seu bolso!