Na hora de planejar o futuro, muita gente fica na dúvida se Previdência Privada ou Tesouro Direto é a melhor escolha para se acumular recursos e não depender da aposentadoria paga pelo governo.
Se você também faz esse tipo de questionamento, é um bom sinal, pois significa que assumiu uma postura preventiva contra possíveis riscos existentes na velhice, por exemplo, não obter renda suficiente para cobrir os próprios gastos.
Como você já deve saber, o indivíduo precisa aproveitar a fase de auge da carreira para juntar o montante necessário para ter uma vida tranquila quando se aposentar. Contudo, não basta só isso, afinal, o dinheiro guardado deve conservar o poder de compra da moeda.
Para ajudá-lo nessa tarefa, apresentamos em seguida algumas dicas para você optar entre Previdência Privada ou Tesouro Direto — ou, ainda, escolher outras possibilidades do mercado financeiro. Acompanhe!
Como poupar de maneira eficiente para a aposentadoria?
Dispor de uma espécie de “colchão de segurança” quando a situação financeira não está bem, sem dúvida, é uma excelente “carta na manga”. Afinal, com essa reserva a pessoa pode pagar as despesas básicas como alimentação, saúde, moradia etc. Já imaginou passar por uma crise econômica do país sem estar preparado para ela?
Hoje em dia, para muita gente tal cenário parece improvável, afinal, o indivíduo tem um salário habitual para o pagamento dos gastos. Contudo, no futuro, mais cedo ou mais tarde a pessoa terá que se aposentar. Nesse momento, via de regra, aparecem custos que não existiam até então, como remédios, reforma em casa ou apartamento para atender a novas necessidades, contratação de funcionários para ajudar em determinadas tarefas etc.
Portanto, para suprir todos os gastos, o aposentado deve ter acumulado uma quantia capaz de manter o padrão de vida existente antes da saída definitiva do trabalho. Assim, é indispensável não só economizar para o futuro como aplicar o dinheiro em investimentos de fato rentáveis.
Na hora de se planejar para a aposentadoria, o indivíduo deve estimar a renda com a qual viverá na terceira idade, calcular o tempo que falta para a saída do emprego e, assim, definir um valor que deverá ser guardado todo mês para formar a quantia necessária para deixar o trabalho de vez.
Em seguida, é importante escolher onde a poupança mensal será investida, por exemplo, Certificado de Depósito Bancário (CDB), Previdência Privada ou Tesouro Direto. Antes de decidir, vale destacar que as aplicações de renda fixa são bastante indicadas para quem quer acumular patrimônio para a aposentadoria.
Como o Brasil tem um histórico de taxa de juros alta, em que os menores níveis da Selic (juros básicos da economia definidos pelo Banco Central) são muito superiores aos juros de países desenvolvidos, a renda fixa se torna uma opção de investimento que alia segurança e rentabilidade.
É bem verdade que, mesmo nessa modalidade de aplicação, o poupador deve optar por ativos que ofereçam retorno acima da inflação. No caso de quem economiza para a aposentadoria, essa recomendação é ainda mais importante, afinal, é preciso garantir o poder de compra do dinheiro quando precisar efetivamente utilizá-lo.
O que considerar na escolha entre Previdência Privada ou Tesouro Direto?
Não é de hoje que a Previdência Social dá sinais de que o regime de aposentadoria oferecido pelo governo está com problemas. Com a redução das contribuições dos trabalhadores, seja por desemprego ou por informalidade, e com a crescente distribuição de benefícios, devido ao aumento da expectativa de vida da população brasileira, a conta simplesmente não fecha.
Mesmo com a expectativa de reformas na previdência pública, tal sistema se mostra bastante arriscado para quem pretende depender somente dele no futuro. Dessa forma, a chamada Previdência Privada surge como alternativa para quem quer formar uma poupança e, mais tarde, usufruir dela após se aposentar.
Muita gente não sabe, mas a Previdência Privada ou complementar, na verdade, é uma forma de seguro. Em geral, existe uma fase de acumulação de recursos, em que a pessoa faz aportes periódicos, e uma fase de resgate, na qual passa a receber o dinheiro guardado.
O plano de previdência também funciona como uma espécie de fundo de investimento, em que um gestor gerencia as quantias aplicadas pelos participantes, de modo a fazer o capital do grupo render.
Por esse motivo, antes de escolher um plano, o poupador deve entender acerca da política de investimento da Previdência Privada em questão, para não se arriscar sem necessidade, até porque é a tranquilidade do futuro que está em jogo.
Como você pode notar, a vantagem da previdência complementar é que a pessoa não precisará se envolver na escolha dos ativos do plano, já que isso é feito pelo gestor. Por outro lado, o ponto negativo diz respeito às taxas cobradas pelos serviços, como de carregamento e resgate, além de administração. Assim, se o indivíduo não pesquisar bem, pode até ter prejuízo com um plano de Previdência Privada em comparação a outros ativos mais rentáveis.
Os títulos públicos do Tesouro Direto, por sua vez, são meios pelos quais o governo federal capta dinheiro junto às pessoas físicas e a algumas instituições, como forma de financiar a dívida pública. Na prática, eles funcionam como um “empréstimo” ao país. Em geral, existem títulos prefixados, pós-fixados e mistos (pré e pós).
Embora requeiram um aporte baixo para se começar o investimento, a pessoa deve conhecer bem não só o contexto econômico atual como também as possíveis perspectivas, para escolher o título mais adequado para a própria realidade.
Caso contrário, existe até mesmo a chance de prejuízo no Tesouro Direto, se a pessoa resgatar o dinheiro antes do término do título e a taxa de juros não for favorável para o momento.
Existem outras opções rentáveis para investir num futuro tranquilo?
Para acumular recursos para a aposentadoria, não existem só Previdência Privada ou Tesouro Direto. Por exemplo, com o Certificado de Depósito Bancário (CDB), a pessoa tem a vantagem de investir por conta própria e, com isso, aumentar a rentabilidade líquida dos ativos.
A vantagem desse tipo de aplicação é a flexibilidade no que diz respeito a prazo, além da possibilidade de diversificação quanto às formas de remuneração do capital. Por exemplo, o investidor pode deixar o dinheiro aplicado por mais de dois anos e, com isso, pagar a menor alíquota de Imposto de Renda na fonte. Por outro lado, ele não precisa deixar o dinheiro no mesmo lugar por 10 ou 15 anos seguidos.
Assim, o poupador consegue fazer escolhas mais condizentes com os variados contextos econômicos existentes no período de acumulação para a aposentadoria.
Quer aprender mais sobre aplicações financeiras? Leia, então, o post “7 investimentos inteligentes para o seu futuro”.