Blog para Investir

Investimentos

Entenda como funciona o sistema financeiro

Entenda como funciona o sistema financeiro

Atualizado em 26/07/2022 às 14:09

Banner da noticia Entenda como funciona o sistema financeiro

Compartilhe


Muita gente se questiona a respeito de como funciona o sistema financeiro. “De onde surge tanto dinheiro para irrigar a economia?” é uma das dúvidas frequentes das pessoas.

Em um país de dimensões continentais, como o Brasil, fica até difícil imaginar como milhões de transações são processadas de modo a suprir as demandas da sociedade, não é mesmo?

Depósito na conta corrente, aplicação financeira em CDB, pagamento de boleto, investimento na bolsa de valores, conversão de dólar para real, empréstimo ou financiamento, contrato de seguro, plano de previdência privada etc. são exemplos de operações que passam por um elo em comum, ou seja, o fluxo de dinheiro.

Se você tem curiosidade para saber como as transações ocorrem na economia e como os bancos agem para colocá-las em prática, confira as explicações deste post. Boa leitura!

Como funciona o sistema financeiro?

Para que você entenda melhor o funcionamento do sistema financeiro, antes é preciso resgatar um pouco da história do dinheiro. Como você deve saber, no passado as pessoas tinham diferentes maneiras de trocar mercadorias, por exemplo, por meio do intercâmbio dos frutos do trabalho.

Desse modo, uma quantidade de trigo poderia ser trocada por outra de peixe ou carne.

Com o passar do tempo, começaram a surgir as moedas, que serviram justamente para oferecer um meio de troca comum. Assim, os indivíduos passaram a ter uma forma mais eficiente de comparar mercadorias.

Além disso, o uso da moeda dispensou a necessidade de se levar grandes quantidades de produtos para possível negociação durante uma viagem.

Mais tarde, com o desenvolvimento da economia e da sociedade, as pessoas tiveram que encontrar locais seguros para guardar o dinheiro acumulado e também para efetuar conversões entre moedas diferentes.

Devido a essas demandas, apareceram os primeiros bancos da história e, com eles, as sementes da formação de um sistema financeiro no mundo.

Quais são os principais grupos de agentes nas transações financeiras?

Saber como funciona o sistema financeiro implica conhecer os dois principais grupos que se inter-relacionam nesse ambiente.

De modo geral, na economia existem os chamados agentes superavitários — aqueles que possuem recursos de sobra — e os agentes deficitários — os que necessitam de dinheiro.

Em um lugar pequeno, até seria possível que esses dois grupos fizessem trocas por conta própria. Ainda assim, seria difícil encontrar pares de pessoas com necessidades de recursos e de prazos iguais, por exemplo, alguém disposto a emprestar R$ 1 mil por exatos seis meses e alguém pronto para aceitar essas condições.

Imagine, então, conciliar os interesses de agentes superavitários e deficitários numa escala nacional, como no caso do Brasil. Para suprir as demandas desses grupos, surgiu o sistema financeiro, que tem como principal função a intermediação de recursos.

Tal papel é exercido, em grande parte, pelos bancos. Essas instituições captam recursos junto às pessoas que possuem dinheiro de sobra e emprestam para aquelas que necessitam de determinada quantia.

Ao fazer esse “meio de campo”, os bancos ainda arcam com os riscos das operações, como a possibilidade de inadimplência pelos tomadores de empréstimos.

Ao intermediar as transações, as instituições bancárias conciliam os interesses de quem quer aplicar dinheiro e de quem precisa de recursos. Assim, as pessoas não precisam enfrentar sozinhas os riscos das operações.

Como está estruturado o Sistema Financeiro Nacional?

No Brasil, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) está basicamente disciplinado pela Lei nº 4.595/1964. O órgão máximo desse sistema é o Conselho Monetário Nacional (CMN). De modo geral, o SFN é composto pelos seguintes segmentos: moeda, crédito, capitais, câmbio, seguros privados e previdência fechada.

Quanto à organização, o sistema é formado por: órgãos normativos, como o CMN; órgãos supervisores, como o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM); e os chamados operadores, entre os quais se incluem bancos, administradoras de consórcios, bolsas de valores, seguradoras, entidades fechadas de previdência complementar etc.

O Sistema Financeiro Nacional tem forte regulamentação, de modo que o fluxo de dinheiro seja adequado para as necessidades da economia e para que não haja problemas que prejudiquem a sociedade, como uma inflação muito alta.

Em que se baseiam os investimentos?

As aplicações financeiras são as transações mais comuns entre os agentes superavitários, afinal, quem tem dinheiro de sobra quer obter rendimentos, não é mesmo? Caso contrário, se a quantia estivesse parada, sem dúvida, ela ficaria sob o ataque inflacionário, o qual diminui o poder de compra da moeda.

Por outro lado, se a pessoa quisesse emprestar dinheiro por conta própria, estaria à mercê da boa vontade do tomador da quantia em honrar o compromisso. Já pensou no perigo de prejuízo?

Mesmo que o agente superavitário “diversificasse” os empréstimos, para diluir os riscos, ele ainda teria que controlar as transações uma por uma, o que, sem dúvida, demandaria tempo e conhecimento.

Ao realizar essa parte “burocrática” da intermediação financeira, os bancos assumem os riscos desse tipo de transição.

Dessa forma, em vez de negociar com um familiar ou conhecido, quem tem dinheiro de sobra faz um “empréstimo” para uma instituição financeira por intermédio de uma aplicação financeira.

Depois de determinado prazo, o banco se compromete a devolver o valor principal da operação mais os juros acordados. Tal mecanismo é o que ocorre nos chamados Certificados de Depósito Bancário (CDBs), que são um dos principais investimentos de renda fixa do mercado financeiro.

Como administram uma grande quantia de recursos, os bancos podem gerenciar o dinheiro de modo a suprir as necessidades dos mais diversos perfis de clientes, além de ter ferramentas de controle da inadimplência.

Além disso, por serem remunerados pela intermediação financeira, os bancos têm condições de oferecer, aos agentes superavitários, a garantia de pagamento dos valores aplicados.

Agora que você já sabe como funciona o sistema financeiro, pode notar o quanto ele é importante para o desenvolvimento da economia, seja para diminuir a burocracia, estimular o crescimento dos negócios, dar suporte aos projetos dos clientes etc.

Sem a existência de um sistema como esse, é provável que haveria ainda mais entraves para que as pessoas tirassem ideias do papel.

Quer receber mais conteúdos sobre finanças e investimentos? Siga, então, o Paraná Banco no Facebook e no LinkedIn!

Assine a newsletter Paraná Banco Investimentos e receba conteúdos exclusivos:

Veja também

WhatsApp iconWhatsApp icon