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Descubra o impacto da inflação nos investimentos

Descubra o impacto da inflação nos investimentos

Atualizado em 15/08/2022 às 14:17

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Entenda o que é inflação, como ela afeta os investimentos e saiba quais são as melhores opções para proteger o poder de compra do capital investido.

Você com certeza já ouviu falar sobre inflação, pois é um assunto frequente em jornais e noticiários de economia e política.

Isso não é por acaso, afinal, todos precisamos de recursos financeiros para sobreviver, e a inflação pode fazer o nosso poder de compra ficar muito menor em pouco tempo. Quem viveu a década de 1980 se lembra das preocupações e problemas financeiros que uma inflação descontrolada trouxe para a nossa sociedade.

Ainda como exemplo, podemos listar os problemas de hiperinflação que nossos países vizinhos, a Argentina e a Venezuela, estão passando. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec), os preços de produtos e serviços na Argentina aumentaram em mais de 50% entre julho de 2020 e julho de 2021. Na Venezuela, a situação é ainda pior. Conforme dados do Banco Central do país, a inflação acumulada de 2020 foi de aproximadamente 3.000%.

No entanto, esse tema é pouco comentado e analisado por algumas  pessoas que buscam investir, mesmo sendo algo que afeta profundamente a rentabilidade e a reserva de valor do capital investido ao longo do tempo.

Neste artigo, iremos te explicar melhor como a inflação funciona, os seus efeitos no mundo dos investimentos e como você pode buscar as melhores opções para preservar o valor do seu dinheiro.

O que é inflação e qual a sua importância para a economia?

Quem nunca foi num supermercado e se surpreendeu pelo aumento nos preços dos produtos, não é mesmo? Ou, quem nunca comentou que tal item era muito mais barato anos atrás? Esses sentimentos nos  ajudam a entender um pouco mais a inflação.

Segundo o Banco Central do Brasil, esse processo pode ser definido como um aumento de preços de bens e serviços numa economia. No entanto, é preciso destacar que uma valorização isolada de um item não pode ser classificada como inflação.

É possível que um determinado produto ou serviço aumente de preço por causa de uma maior demanda ou diminuição de sua oferta no mercado, por exemplo. Mas quando há um aumento coletivo, em que  todos os alimentos do supermercado passam a valorizar de forma geral e constante, assim podemos afirmar que os preços estão sendo inflacionados.

Basicamente, a inflação está relacionada  à perda do poder de compra que uma moeda sofre ao longo do tempo. Além de impactar o preço de bens e serviços, este processo altera o mecanismo de salários em uma economia. Vamos pegar o salário mínimo como exemplo.

Conforme dados do ADVFN, o salário mínimo determinado no Brasil em 2010 era de R$ 510,00. Já em 2021, foi aprovado um salário mínimo de R$ 1.100 para os trabalhadores do Brasil.

Esses aumentos que acontecem ano após ano proporcionam aos brasileiros uma renda que acompanhe o aumento de preço, contribuindo para que o poder de compra não diminua ao longo do tempo.

Como é calculada e monitorada a inflação?

O governo brasileiro adota o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para medir a inflação no país.

Calculado pelo IBGE, ele destaca mensalmente a variação da média do custo de vida de famílias que vivem com até 40 salários mínimos, em diversas regiões do Brasil. São considerados o aumento de preços em itens de consumo básico, como vestuário, transporte, saúde e alimentação.

Além disso, o Conselho Monetário Nacional define metas de inflação que devem ser cumpridas pelo Banco Central do Brasil. Para 2021, a projeção é de 3,75%, com uma tolerância de 1,5% para mais ou para menos.

Medidas como essa ajudam a combater o risco de uma possível hiperinflação. Além de impactar no poder de compra da população, uma inflação descontrolada pode causar problemas em relação ao pagamento da dívida pública do governo, podendo agravar ainda mais a situação política e econômica do país.

Quais são os impactos da inflação nos investimentos?

Um dos principais erros cometidos ao se realizar investimentos é o de ficar atento apenas a sua rentabilidade nominal, sem levar em conta a influência da inflação sobre o valor investido.

Suponha que um investidor principiante considere um fundo de renda fixa que gere rendimentos de 4% ao ano. No entanto, se a projeção da inflação para aquele ano for de 5%, a aplicação no fundo é uma péssima escolha, pois o capital investido terá um prejuízo real de aproximadamente 1%, não havendo rentabilidade.

Dessa forma, ao pesquisar opções de investimentos, é preciso buscar aplicações que gerem um retorno real – rendimentos maiores do que a inflação prevista durante o período. Por isso, foque na rentabilidade real, que desconta dos rendimentos anunciados os impostos e a inflação, simbolizando o quanto realmente é possível lucrar com cada aplicação.

Isso é crucial para que o seu poder de compra seja mantido ao longo dos anos e para que você consiga resultados realmente positivos.

Quais são as aplicações financeiras atreladas à inflação?

Uma ótima alternativa para se proteger da inflação e preservar o poder de compra do seu capital é buscar investimentos que garantam uma rentabilidade maior do que o IPCA, muitas vezes atrelados a esse índice. Vamos listar alguns exemplos:

Renda fixa privada

Alguns títulos privados de CDB, LCI e LCA podem estar atrelados ao IPCA, garantindo que a sua rentabilidade seja sempre maior do que a inflação prevista durante o seu período de aplicação. Nesse sentido, as LCAs e LCIs ainda possuem o benefício de serem isentas ao IR, aumentando ainda mais a sua rentabilidade real.

Tesouro IPCA+

Alguns títulos públicos também acompanham a inflação. É o caso do Tesouro IPCA+, oferecido pelo governo. Essa forma de investimento oferece uma rentabilidade fixa prefixada juntamente com  a taxa do índice durante o tempo de aplicação, garantindo assim que investidores consigam rendimentos mais seguros ao decorrer do tempo.

Fundos Imobiliários

Os aluguéis pagos aos cotistas geralmente acompanham o IPCA ou o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), outro índice usado para medir a inflação em um determinado período de tempo.

O IGP-M é uma das versões do índice Geral de Preços (IGP), calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) todos os meses. São coletadas informações de preços de diversos itens, desde matérias-primas até bens e serviços. Com isso, é possível detectar a variação nos custos de cada item, sendo possível dessa forma identificar a inflação que está sendo imposta sobre esses preços.

Fundos de inflação

Essa modalidade de investimento em renda fixa tem como objetivo superar ou, pelo menos, acompanhar a inflação, preservando o valor de compra dos seus investidores.

Debêntures

São ofertadas por empresas privadas. Algumas dessas companhias atrelam a valorização dos seus papéis a índices como o IPCA, mas é necessário conferir cada caso. Além disso, essa modalidade de investimento traz um risco maior, já que uma falência da empresa pode significar o não cumprimento do retorno do investimento.

ETFs

Alguns fundos negociados em bolsa (ETF) replicam o desempenho de alguns títulos ligados a índices de inflação. Um dos benefícios desses investimentos é a sua menor alíquota de imposto, que é fixada em 15% para qualquer período de aplicação.

Como pode-se observar, existem diversas formas de investimentos que podem igualar e até superar a inflação, garantindo o poder de compra ao longo do tempo e bons retornos reais.

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